A inteligência artificial através de algoritmos complexos, que processam muitas informações em poucos segundos, tenta simular o comportamento e pensamento humano para resolver problemas e executar ações de maneira otimizada.
Sendo assim, ao “aprender” a ser humano o que I.A nos “ensina” sobre a vida?
Brian Christian através de sua experiência no Prêmio Loebner, que evolui o famoso Teste de Turing, fez um estudo que analisa ciências, artes, linguagens, xadrez e interações humanas para responder a pergunta: o que nos diferencia das máquinas?
O livro O Humano Mais Humano é resultado dessa interessante pesquisa e título simbólico dado ao jurado que mais se distinguiu de um computador ao “conversar” com estes no prêmio. A máquina que engana mais jurados é consagrada como O Computador Mais Humano.
“A perspectiva científica sobre que tipos de comportamento humano são imitáveis nos traz vislumbres fascinantes do modo como conduzimos nossa vida de seres humanos.” – Brian Christian
Computadores Humanos e a Matemática Digital
Antes que “computador” fosse um dispositivo de processamento digital que hoje cabe no nosso bolso, o termo designava uma profissão. A maioria eram matemáticas que utilizavam calculadoras rudimentares em cálculos complexos para empresas de engenharia, universidades e estatais espaciais. As computadoras.
Papel fundamental bem representado no filme Estrelas Além do Tempo que relata o trabalho feminino nas descobertas científicas que levaram o “homem” ao espaço.
O autor destaca que os computadores fazem basicamente uma coisa: matemática. Muito da vida pode ser traduzido em valores matemáticos: música (pressão do ar ao longo do tempo), vídeo (intensidades de vermelho, azul e verde) e xadrez (matriz representando posições das peças no tabuleiro) com capítulo exclusivo.
Automação: Solução ou Substituição?
Quem nunca ao conversar com um atendente por telefone se sentiu respondido por uma máquina devido ao protocolo impessoal seguido? Os chatbots vieram para substituir e as vezes até enganar o interlocutor se passando por humanos.
Uma gravação com empatia e interagindo no momento correto pode ser mais humano que alguém com respostas e perguntas inflexíveis? A automação roubará seus empregos? Mudanças que nos ajudarão a repensar nossas atividades diárias.
Na área de software é comum trabalharmos diretamente na resolução de problemas enquanto também criamos ferramentas para resolvê-los de forma automática. Então, estamos desenvolvendo algo que nos tirará o emprego?
Não. A verdade é que passamos a nos dedicar a problemas progressivamente mais difíceis, sutis e complexos que exigem mais raciocínio e avaliação. Ou seja, problemas que tornam o trabalho dos programadores mais humano.
“A inteligência artificial não deve ser vista como uma infeção nos empregos (a doença é a eficiência) mas como terapia removendo o que deixou de ser humano (repetitivo e ineficiente) restaurando as habilidades inerentes aos trabalhadores.”
Espelho Humano e o Jogo da Imitação
A ficção científica através de filmes, séries (WestWorld) e literatura explora com propriedade a “programação” realizada por humanos para criar “máquinas” mais capazes que nós em tarefas específicas. Hoje, as programamos (machine) para tomarem decisões independentemente e aprenderem (learning) com seus erros.

Alan Turing afirmou que “os computadores digitais se destinam a efetuar quaisquer operações que possam ser feitas por um computador humano.“
Papeis invertidos ao longo das décadas e brilhantemente explorados nesse livro nos fazendo refletir sobre trabalho, hábitos, vida digital e o futuro da humanidade.
“Somos como a coisa que era como nós. Imitamos nossos ex-imitadores, uma das mais estranhas guinadas na longa saga da singularidade humana.”
Top!
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