Aprendi com a minha mãe decorando cartas do baralho que intensidade mental valia a pena se for estruturada para o que você precisa encontrar.
Bill Gates hoje usa sua intensidade mental procurando soluções para problemas sociais, como: saneamento básico e pólio; energia nuclear segura e barata; etc.
Um cérebro que: lê 150 páginas por hora; monta quebra-cabeças com Melinda; joga bridge com Warren Buffett; estuda energia renovável; investe em startups. Depoimentos dizem que está mais ativo do que quando comandava a Microsoft.
A rotina e pensamentos do homem que une tecnologia e filantropia são exploradas em “O Código Bill Gates”, documentário em três episódios disponíveis na Netflix.
Apresentando uma cronologia não linear, a narrativa da ascensão da Microsoft que tornou Gates por décadas o empresário mais rico do mundo é mesclada com sua vida familiar e atuação na fundação filantrópica juntamente com Melinda Gates.
Casal que se completa numa parceria frutífera que enfrentou agendas concorridas, desconfianças do mercado tecnológico, imprensa e questionamentos políticos.
Numa época que software proprietário era algo sem leis, o processo por monopólio que Gates enfrentou na justiça americana mostrava um jovem meio arrogante e meio ingênuo, mas convencido que trabalhar duro lhe daria os resultados.
Lições que lhe deram poder de negociação, inovação e dinheiro para desassociar seus ideais da empresa que hoje batalha contra Amazon, Google e Facebook. Se a Microsoft foi ultrapassada em mercados e dispositivos ainda tem alcance global e seu pioneirismo abriu portas para gerações de empresas e profissionais de TI.
Os relacionamentos com parceiros Paul Allen e Steve Ballmer são abordados de forma breve e tocante, pois o foco é no trabalho filantrópico dos Gates que não desistirão em resolver os problemas do mundo mesmo com várias frustrações.
Expectativas meio frustradas por não adentrar mais na “mente programadora” e na “controversa trajetória” da Microsoft. O trailer vende, o documentário não entrega.
Porém entre um carteado; treino de tênis; remo no lago; trilha; hambúrguer; café; e muita leitura (que biblioteca!); a mente hiperativa e modo workaholic estão presentes. Características questionadas: “… uma critica recorrente a você é acharem errada sua afirmação que com tecnologia pode resolver tudo…“; ele responde:
Inovação é no que eu sei que sou bom. Então, é meu martelo para todos os pregos.
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Bacana!
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