O The Developer’s Conference é um encontro de desenvolvedores que reúne as principais comunidades de TI do Brasil. A recente edição foi em Recife e estive lá.

Foram três dias com palestras de profissionais e empresas referências em diversas áreas como microservices; linguagens de programação; DevOps; machine learning; inteligências artificiais; metodologias ágeis; e networking para atualizar o LinkedIn.

O diferencial do evento é ser realizado de desenvolvedores para desenvolvedores reunindo evangelistas reconhecidos, acadêmicos locais, voluntários universitários e empresas como Intel, Oracle, iFood, Globo.com, Nubank, Red Hat, etc; que demonstram suas inovações e formas de trabalhar pela voz dos profissionais de TI.

No primeiro dia, assisti as palestras do auditório principal que seleciona um pouco de cada trilha específica que acontecem paralelamente dando um panorama dos temas. Difícil é decidir o que acompanhar em cada dia, porém o TDC faz a transmissão ao vivo e gratuita das trilhas Stadium e posteriormente disponibilizam os vídeos online.

A trilha Stadium teve algumas palestras sobre gestão de projetos e metodologias ágeis mais generalistas que não eram o foco para um programador desorientado. Porém as palestras que abordaram Big Data com Futebol; Arquitetura de Serviços da Oracle; Testes automatizados no iFood; Computação em Nuvem do Nubank; Aprendizagem de algoritmos na publicidade da Globo.com; valeram a minha viagem e inscrição.

Intel Software Day

No Intel Software Day, gratuito e com muitos estudantes presentes, foram apresentadas tecnologias de reconhecimento facial + machine learning, como:

Inferência de IA em edge devices – A câmera é o novo sensor universal 

Reconhecimento fácil com IA mostrando evolução com Open Vino ToolKit.

Autecla: Sistema de Suporte ao Tratamento de Crianças com Autismo baseado em IoT

Três universitárias projetaram um protótipo robótico que usa inferência de imagens e RFDI para detectar emoções nas crianças e dar feedback para doutores tratarem. 

MicroServices

Escolhi a concorrida trilha de Microserviços que rivalizava com auditório principal pela atenção dos desenvolvedores no segundo dia. Nela especialistas mostraram como preciso me atualizar nas tecnologias que são modinha para os hipsters.tech.

Microservices como uma arquitetura evolutiva: Lições aprendidas

Panorama de tecnologias diversas utilizadas em arquiteturas distintas. JMS como mensageria para conversar com aplicações nao Java é furada.

Microserviços Supersônicos e Subatômicos com Quarkus

Quarkus + Spring otimizando ambientes Java e atraindo programadores que migraram para Node, Python e outras linguagens backend.

Logs efetivos: um impacto direto na observabilidade de microsserviços

Abordagem mais conceitual e boas práticas que ferramentas e frameworks.

In Loco: o padrão outbox para garantir consistência numa arquitetura event-driven

Implementação do padrão outbox utilizando Kafka e o Debezium para propagar mudanças em entidades transacionalmente e com pouca alteração no código dos serviços.

Criando e monitorando uma aplicação com mais de 50k de requests por minuto

Mercado Livre mostrando cenário antes e depois da otimização de requests e conteiners web que atendem a larga demanda de transações realizadas diariamente no ecommerce.

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Para finalizar um projeto inspirador fechou o segundo dia no auditório principal:

Tecnologia e Negócios que mudam o mundo: o caso de sucesso do Livox

Carlos Pereira, criador do Livox utilizou uma situação pessoal para inovar na área de cuidados para pessoas com deficiência. Saindo do Recife para outros 35 países, foi premiado internacionalmente e mudou a vida de mais de 25 mil pessoas com deficiência.

Fiz a cobertura do evento no Instagram @desorientech e deixei nos destaques. Em breve comentarei mais com relatos de outros participantes no podcast DesorienTech.