“Hoje, ainda almejamos saber por que estamos aqui e de onde viemos.
O desejo profundo da humanidade pelo conhecimento é justificativa suficiente para nossa busca contínua.“
Stephen Hawking, um dos físicos mais importantes da história, é o autor da frase acima retirada do livro “Uma breve história do tempo“ que terminei de ler essa semana.
Esse livro utiliza a física e ciência para abordar algumas das maiores dúvidas da humanidade: Como o universo começou? Ele é infinito? O tempo sempre existiu?
Existem outras dimensões? O que é um buraco negro? O que vai acontecer quando tudo terminar?
Para tentar responder essas perguntas, o autor nos guia através da evolução das teorias cosmológicas passando pelas descobertas de seus antecessores Galileu, Newton e Einstein.
Sempre em busca da teoria unificada completa que combine mecânica quântica com relatividade geral para explicar o Universo, ele aborda conceitos como: espaço e tempo; singularidades; gravitação universal; buracos negros e de minhoca; viagem no tempo; etc.
Muitos temas abordados em filmes de ficção cientifica recentes como Interestelar e Lunar.
O livro é curto e bem divido em capítulos interessantes, mas algumas vezes aprofunda a discussão explicando teorias e leis científicas que requerem conhecimentos de física, química e cosmologia.
Fazendo com que leigos como eu e você fiquem flutuando sem rumo na galáxia, o que torna a leitura um pouco cansativa e requer pesquisa complementar. Porém o texto lúdico e o conhecido bom humor de Hawking compensam muito esses momentos, principalmente quando aborda temas como criacionismo x evolucionismo:
“Contato que o universo tenha tido um início, podemos supor que houve um criador. Mas, se o universo fosse de fato absolutamente contido em si mesmo, sem contorno nem borda, ele não teria início nem fim: ele simplesmente seria. Nesse caso, qual é o papel de um criador?“
Uma leitura rápida e recomendável para quem está se perguntando o seu lugar no Universo e em busca de conhecimento, pois como Hawking diz:
“Se de fato descobrirmos uma teoria completa, todos acabarão compreendendo seus princípios amplos, não apenas alguns cientistas. Então seremos todos – filósofos, cientistas e pessoas comuns – capazes de tomar parte na discussão do porquê de nós e o universo existirmos.”
Após terminar a leitura, acredito que a banda britânica Muse está certa quando canta: “Nossas esperanças e expectativas estão em buracos negros e revelações…“.